Drone tripulado já é realidade.
Nova tecnologia em Veículo Aéreo Não Tripulado levanta questionamento futurístico: será este o próximo passo da mobilidade urbana?
Não é novidade que EHang, fabricante chinesa de Drones, liberou imagens dos últimos testes de voo do modelo 184. O feito aconteceu lá em fevereiro e vem causando muita agitação por ser a evolução que faltava na história dos aparelhos voadores. Com certeza, você já havia imaginado um drone tripulado, e agora essa versão capaz de transportar um passageiro existe.
Mas algumas dúvidas sobre o caminho dessa tecnologia até aqui podem surgir. Confira um pouco mais sobre a evolução dos Drones.
Antes de mais nada, o que é um drone?
Drone, na verdade, é um sinônimo informal de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT). Convencionou-se chamar assim os que são utilizados para o lazer e alguns mais complexos, que carregam câmeras ou até facilitam delivery de pizza, por exemplo.
A princípio, os Drones foram usados em larga escala para operações militares. Já os civis, recorreram a tecnologia, principalmente, quando precisaram de fotografias e filmagens aéreas. Produção de cinema, pesquisa científica e até transporte de pequenas cargas são atividades que, atualmente, usam drones com bastante frequência.
Vale lembrar que a palavra drone significa “zumbido” ou “zangão” em inglês. De fato, um nome bem apropriado, levando em consideração o barulho gerado pelas hélices dos Drones.
Modelos diferentes para uso civil e militar
Os modelos mais populares para uso civil são os quadricópteros, com hélices acionadas por quatro motores elétricos, embora existam versões com até oito motores. Há também versões com motores a combustão interna.
Os aparelhos militares são bem diferentes, muito maiores, com motores a jato e capazes de levar e jogar bombas. Os primeiros surgiram inspirados pelas bombas voadoras V1 e V2, utilizadas pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial. Só bem mais tarde é que surgiram as versões com motores elétricos e capazes de planar como helicópteros.
E o drone tripulado como é?
Muitos drones são controlados remotamente, mas o drone chinês decola, voa e pousa sozinho através de um C&C Server (computador de comando e controle). Segundo a EHang, ele ainda pode enfrentar o mais violento dos tufões, a 130 km/h, com um passageiro a bordo em segurança. A empresa também já anunciou outro modelo, para dois passageiros e carga útil de 280 quilos.
De acordo com informações da fabricante EHang, o modelo 184, para transporte de passageiro, pesa 260 quilos e leva 130 quilos, suas baterias duram uma hora e a velocidade máxima é de 160 km/h. São oito motores elétricos em quatro eixos.
Todos os sistemas têm múltiplos backups de segurança, a decolagem e o pouso são verticais. O passageiro dispõe de ar condicionado e um tablet para inserir os comandos. Ah, é dobrável para facilitar o transporte.
Até o momento, não foi divulgada nenhuma data de lançamento do Ehang 184 para o mercado. Ficam os questionamentos: será que um dia o transporte de pessoas será preferencialmente feito por máquinas assim? Que a mobilidade urbana vai atingir o céu?
Especialistas dizem que o drone tripulado será o táxis aéreo do futuro. É possível, mas por enquanto surge uma pequena questão de nomenclatura. A EHang chama seu feito de Veículo Aéreo Autônomo. Mas também promete instalar controles para que as máquinas sejam pilotadas – se a pessoa quiser e souber pilotar, claro. Nesse caso, o objeto deixa de ser um VANT.
Enquanto os chineses não dão o próximo passo, nunca é demais assistir ao EHang 184 em ação neste vídeo. Aliás, Hu Huazhi, o próprio CEO da empresa, faz o “papel” do passageiro. Áudio em chinês, legendas em inglês.
Fonte: Vivo Tech
